HIC ET NUNC | É preciso pensar nisto

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Inauguramos hoje esta rúbrica com o objetivo claro de criar com os leitores um meio de comunicação privilegiado para objetivamente dar a conhecer a nossa visão sobre aquilo que terá de ser, no futuro, a gestão do nosso território.
As decisões tomadas, nos últimos anos, pelos nossos representantes eleitos têm conduzido Pombal a um papel secundário no panorama distrital, mas também (fruto de uma evidente apatia local) a nível nacional. Não tem sido suficiente para os decisores locais a singular localização geográfica sobejamente conhecida de todos, nem mesmo a existência de excelentes vias de comunicação (rodoviária e ferroviária) para que se faça aquilo que de mais importante se precisa nos desafios contemporâneos.
E sim, temo-lo dito em diversos fóruns e voltamos a repeti-lo aqui.
Atrair investimento privado (amigo das famílias e amigo do ambiente) por forma a proporcionar a criação de emprego (de qualidade e com remunerações justas) e, consequentemente, fixar pessoas no nosso concelho. Será esse o grande desafio da atualidade, que, infelizmente, não tem sido levado muito a sério pelo atual poder instalado, ou por ignorância ou por falta de engenho (parecendo-me, esta última, a mais provável).
A atração de população ao território, aliado ao motivo (único) pelo qual as pessoas se fixam nos mesmos (emprego), catapultaria Pombal para um “campeonato” cimeiro, onde todos ficariam a ganhar, especialmente o motor de desenvolvimento das sociedades modernas na era da chamada indústria 4.0 – a economia. Ganhavam os serviços, o comércio local, o turismo, a agricultura, a saúde, a educação e todas as áreas direta ou indiretamente ligadas às questões económico-sociais, concretizando uma relação “win-win” em toda a linha.
Contudo, continuamos amarrados à época da pedra, bem evidenciados nos documentos estratégicos elaborados pelo município, num claro exercício de surdez e de cegueira, condenando Pombal a jogar numa espécie de “liga dos últimos”.
Esta realidade é ainda ampliada por diversos fatores negativos, como o facto de o município contar com um presidente que diz não poder atrair empresas por não existir mão de obra qualificada, ignorando que Pombal não tem que estar somente condenado a exportar os seus talentos, mas que, por vezes, também saberá importar talento de fora.
É preciso pensar nisto, é preciso pensar “Hic et Nunc” (latim, “aqui e agora”).
(Continua…)


Pedro Miguel Silva Pinto
Presidente da Concelhia do CDS-PP de Pombal