Autarca derrotado reage com críticas ao seu sucessor

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“Vamos a ver que estragos este novo executivo que se anuncia fará, dada a sua total impreparação para assumirem a Junta, tendo nós que ajudar a evitar o pior e no final lá ficaremos com a responsabilidade de reconstruir o que restar desta aventura sem continuidade”. É desta forma que Manuel Serra reage após a sua derrota como presidente da União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca.
Num texto publicado no Facebook, o ainda autarca, que se candidatou a um segundo mandato pelo PSD, começa por referir que “não se pode ganhar quando as emoções estimuladas de muitos se unem contra o bode expiatório mais ao jeito (a Junta de Freguesia) em protesto contra a agregação que não provocámos, e encerramento de centros de saúde que não dependem da nossa vontade”. “Sobre ambos os assuntos fizemos o melhor que pudemos tentando junto das entidades respectivas referir os incómodos e descontentamentos e solicitar alternativas mais coincidentes, o que nos foi sempre recusado”, afirma.
As eleições de 1 de Outubro ditaram a vitória à lista candidata pelo movimento Narciso Mota – Pombal Humano (NMPH), encabeçada por Gonçalo Ramos. O independente, de 34 anos, contabilizou 37,56% dos votos, elegendo seis mandatos para a Assembleia de Freguesia, seguindo-se o PSD que se ficou pelos 33,52% e com cinco membros. O CDS-PP e o PS contabilizaram 10,70% com o mesmo número de votos (339) e com os mesmos membros eleitos, um para cada um.
Para Manuel Serra, “este fenómeno ocasional de candidatura independente irá fazer o seu percurso de desgaste certo, porque NMPH está morto politicamente e os seus seguidores terão o mesmo destino nas esperadas condições que todos antecipavam e só eles não viam”.
“Uma emoção não dura muito tempo e, o que agora possibilitou esta votação improvável, em pouco tempo perderá o seu ímpeto, não só por imperativo das novas condições de assistência que ainda não tiveram de provar as suas vantagens, como o bom senso de que é essencial a boa condução da coisa pública e que agora será muito duvidosa, regressará aos espíritos nesta altura exaltados”, acrescenta.
Manuel Serra refere, ainda, que “aquilo que se constrói em cima de indignações e revoltas tem sempre os dias contados, porque essas, felizmente são passageiras”, adiantando: “perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra, as nossas motivações são todas por bons motivos e unificadoras, aquelas que perduram no tempo.”
“Sem dúvida que se seguirão cenas dos próximos capítulos… Vamos a ver como se desenrolará este futuro inquietante”, refere, frisando que “a nossa palavra de ordem sairá vitoriosa no final e regressará aos comandos de onde nunca devíamos ter sido obrigados a sair porque só nós… juntos somos futuro”.

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Ingressou no jornalismo, em 1989, como colaborador no extinto “Pombal Oeste” que foi pioneiro na modernização tecnológica. Em 1992 foi convidado a integrar a redacção de “O Correio de Pombal”, onde permaneceu até 2001, quando suspendeu a profissão para ser Director de Comunicação e Marketing de um grupo empresarial de dimensão ibérica. Em 2005 regressou ao jornalismo, onde continua, até aos dias de hoje, a aprender. Ao longo destes (largos) anos de actividade, atestados pelo Carteira Profissional obtida em 1996, passou por vários jornais, uns de âmbito regional e outros nacional, onde se inclui o “Jornal de Notícias” e “Público”. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal” onde se produz conteúdos das pessoas para as pessoas. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal”, quinzenário com o qual deixou de colaborar no final de Maio de 2020.