Pombal: um reduto de bom senso que dá a vitória à Aliança Portugal

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No rescaldo das eleições Europeias é importante atendermos aos resultados eleitorais obtidos, nomeadamente àqueles que nos dizem directamente respeito, os resultados no concelho de Pombal. Se é verdade que a nível nacional o PS obteve uma vitória “pífia”, com uma margem ridiculamente curta (tendo em conta as medidas difíceis tomadas pelo actual Governo) e que coloca em dificuldades a liderança de António José Seguro, não é menos verdade que em Pombal a população voltou a mostrar que não vai em “populismos” de ocasião, nem se deixa enganar por quem já muito prejudicou este país. Em tempos tão difíceis como os que vivemos e numa altura em que seria mais fácil enveredar por uma solução de protesto “oco”, os pombalenses quiseram dar uma lição de bom senso ao país e voltaram a atribuir uma vitória esmagadora ao PSD (e neste caso à AP) nestas últimas eleições, com mais de 46% dos votos – mais do dobro da votação do segundo partido mais votado.
O sinal é claro e inequívoco: os pombalenses confiam no PSD. Confiam em quem há mais de 20 anos lidera a sua autárquica com competência e rigor, tornando-a numa referência e num exemplo de boa gestão a nível nacional. E confiam também que o PSD é o melhor partido para os representar no governo de Portugal e além-fronteiras na UE – atribuindo-lhe vitórias sucessivas em todas as eleições realizadas, ano após ano – sendo que neste último acto eleitoral a expressão dos resultados traduz uma das maiores vitórias que a Aliança obteve em todo o país.
Mas existem outros sinais que não podemos, nem devemos, deixar de analisar e de ter em conta como objecto de profunda reflexão por parte dos partidos e dos agentes políticos. E aqui, que fique claro, não me refiro à abstenção. Essa, enquanto sinal, demonstra apenas a posição de quem não quer saber e se quer manter à parte de todas as decisões politicas, não merecendo por isso, qualquer tipo de análise política do seu resultado. Falo do verdadeiro voto de protesto que se tornou nestas eleições no 3º “partido” mais votado com cerca de 10% dos votos – os votos brancos e nulos. O voto daqueles que não se sentindo representados na opção que lidera os destinos do país, também não viram qualquer alternativa nos restantes partidos que se apresentaram a eleições, nomeadamente no PS. O voto de quem não quis deixar de dizer presente e de transmitir um sinal claro de descontentamento relativamente à forma e à configuração deste acto eleitoral de âmbito Europeu. Devendo este sinal ser interpretado como mais um alerta para a necessidade de discutir a fundo uma reforma alargada do sistema político vigente, de forma aberta, descomplexada e responsável – em nome de uma democracia mais madura e participada.
Contudo e relativamente a este último ponto, é também necessário referir que o PSD foi aquele que (em Pombal) mais contribuiu para o esclarecimento da população relativamente às matérias em causa nestas eleições e à importância deste acto eleitoral. Sendo o único a organizar acções de esclarecimento e campanha no nosso concelho, quer numa conferência com Paulo Rangel (ainda antes da campanha) onde se discutiram os assuntos Europeus com mais de 200 pessoas na plateia, quer realizando acções de campanha nas ruas de Pombal trazendo cá os candidatos e levando-os para junto das pessoas e para o meio da população.
Também por isso os pombalenses confiam no PSD, porque damos a cara e não nos escondemos das pessoas. Porque as queremos esclarecer e com elas discutir o futuro, não nos limitando a lançar “atoardas” vagas e a desproposito, tentado com isso capitalizar mais alguns votos de descontentamento.
Os pombalenses escolheram uma opção séria e responsável, dando mais uma mostra da sua clarividência e enorme sentido de estado.

Pedro Brilhante