Executivo da Pelariga oferece vouchers aos alunos para material escolar

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A Junta de Freguesia da Pelariga vai continuar a apoiar os alunos que frequentam as escolas daquele território. No próximo ano lectivo, cada uma das crianças matriculadas no 1º ciclo volta a usufruir de um voucher no valor de 50 euros em material escolar, a descontar à medida das necessidades, na Papelaria Soares ou na Papelaria Escolar, ambas na cidade de Pombal.
Este será o terceiro ano lectivo em que a iniciativa é implementada pelo executivo presidido por Nelson Pereira, sendo que o valor começou por ser de 25 euros e passou, logo no ano seguinte, para o dobro. A esta verba acrescem 10 euros “para material de desgaste, utilizado dentro da sala de aula”, acrescenta o autarca.

Presidente da Junta de Freguesia junto ao futuro centro escolar

A medida estende-se também ao pré-escolar, com um apoio de 45 euros por aluno, a utilizar pelos docentes em material necessário à realização de actividades pedagógicas.
A par destes apoios, a Junta de Freguesia disponibiliza, de igual modo, uma resma de papel por aluno ali matriculado, água engarrafada no horário lectivo e em datas festivas, como o Natal e o Dia da Criança, faz questão de oferecer presentes aos mais pequenos.
As verbas têm sido aplaudidas pelos encarregados de educação, segundo o presidente da Junta, que espera, desta forma, ajudar as famílias a reduzir o impacto do orçamento com a Educação e, ao mesmo tempo, atrair mais crianças para aquelas escolas.

Nelson Pereira reconhece que o encerramento de duas creches privadas na freguesia “penalizou” o estabelecimento de ensino da Machada, mas acredita que as condições oferecidas têm vindo, gradualmente, a minimizar este efeito.
Actualmente, 111 crianças estão matriculadas na freguesia. Na Pelariga, onde a lotação está esgotada, o jardim-de-infância é frequentado por 25 crianças e o 1º ciclo por 37. Por sua vez, na Machada, há 21 alunos matriculados no pré-escolar e 28 no 1º ciclo. É para aqui que são encaminhados os alunos que não têm vaga na sede de freguesia, mas Nelson Pereira acredita que o estabelecimento deverá vir a acolher também mais alunos da cidade, logo que as obras na Conde Castelo Melhor avancem. “Tenho esperança que venham muitas crianças para aqui e que voltem a encher a escola”, frisa o autarca.

Centro Escolar
Entre avanços e paragens, que ditaram o atraso na conclusão das obras, o Centro Escolar da Pelariga deverá ser inaugurado em Julho. Se tudo correr como previsto, na mesma ocasião será comemorado o Dia da Freguesia e apresentada a nova viatura de transporte dos alunos. Um veículo equipado com duas cadeiras de rodas e degraus para quem é portador de mobilidade reduzida. Contudo, ressalva Nelson Pereira, apesar de esta ser uma data a ter em conta, ainda não é oficial.
O futuro centro escolar tem capacidade para acolher 100 crianças no 1º ciclo e 50 no pré-escolar. Ainda assim, a escola da Machada mantém-se em funcionamento depois desta abertura, dando cumprimento a uma promessa do executivo à comunidade educativa. “95% dos alunos desta escola são da cidade”, revela o presidente. E o que explica esta deslocação dos pais? Nelson Pereira aponta a tranquilidade, o bom ambiente e o sentimento de segurança como factores decisivos nesta escolha. Por outro lado, “estamos a um passo da cidade”, destaca.
O autarca acredita que a construção do centro escolar vem reforçar esta preferência, aproveitando para fazer jus às evidências estatísticas. “Somos uma das freguesias do concelho com maior taxa de natalidade”, sublinha o presidente, dando nota que, nos últimos três anos, nasceram ali “mais de 30 crianças”. Números que, no entender do líder do executivo da Pelariga, justificam inclusivamente a criação de mais uma creche na freguesia, valência esta que actualmente é apenas assegurada pelo Centro Social, mas insuficiente para as necessidades. “Gostávamos que a Câmara lançasse um projecto na freguesia e estamos a pressionar nesse sentido”, revela.
A este crescimento associado à componente educativa também não é alheia a Zona Industrial, onde mais de meia centena de empresas desenvolvem a actividade. “Há muitos pais que trabalham nestas empresas e deixam aqui os filhos”, evidencia o presidente de Junta.
Neste campo, Nelson Pereira não esconde a necessidade de expansão da actual área, mas enquanto esse projecto não é uma realidade, a autarquia a que preside tem vindo a proceder à “abertura e melhoramento de caminhos” que facilitem a implantação de empresas.

*Notícia publicada na edição impressa de 20 de Abril