Lojistas do Pombal Shopping reabrem portas mas deixam críticas

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A administração do Pombal Shopping vai isentar os lojistas que estiveram de portas fechadas, até ao primeiro dia de Junho, do pagamento de condomínio referente ao mês de Abril. O anúncio foi feito pelo responsável pela gestão do espaço, Jorge Silva, no dia em que o espaço, localizado no coração da cidade, reabriu ao público, no âmbito da terceira fase do desconfinamento.
“As perspectivas que se avizinham creio que são das melhores”, afirmou Jorge Silva ao nosso jornal, na manhã do dia 1 de Junho, enaltecendo a união entre todos os lojistas para ultrapassar este período difícil. “Espero que o Pombal Shopping continue a ser aquilo que tem sido até hoje: aberto ao público com carinho, simpatia e com segurança”.

Lojistas do Pombal Shopping no dia da reabertura

Apesar do optimismo em dia de reabertura, não faltaram críticas, dirigidas em particular ao Município de Pombal, pela voz de Raul Bruno. “Acho que devíamos ser olhados como comerciantes de Pombal e pedir ao município que nos ajude”, afirmou aquele lojista, que lembra, ainda, que os cerca de 80 dias de portas fechadas só vieram agravar “ainda mais a crise que vivemos”, com consequências não apenas económicas mas também emocionais. “Creio que podemos e devemos exigir uma ajuda do município e da associação comercial, porque somos sempre os parentes pobres dos comerciantes”, lamenta o empresário. E dá como exemplo as estratégias adoptadas pelas autarquias de outros concelhos, no apoio ao comércio desses territórios. “Precisamos que a Câmara seja parceira do comércio local e nos ajude”, apela Raul Bruno, ao mesmo tempo que critica a dualidade de critérios na forma de tratamento dos comerciantes de Pombal. “Quem tem restaurantes lá fora tem as taxas isentas; os que estão no mercado, e são inquilinos da Câmara, ficaram sem pagar rendas, e nós não temos nenhuma ajuda”, reforçando desta forma aquilo que considera ser “uma disparidade” nos apoios. “Exigimos igualdade e que os comerciantes sejam tratados da mesma forma”, ou seja, que a ajuda seja canalizada “como um todo” e não “parcialmente”, conclui.