De Psi para Psis

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Como muitos devem saber, as eleições para os Órgãos Nacionais da Ordem dos Psicólogos acabaram de ter lugar! No entanto, pela altura em que vos escrevo, o resultado ainda não é conhecido. Por esta altura, esta mesmo em que vos escrevo, afirmo-me como candidata à Presidência da Delegação Regional do Centro, por uma das listas candidatas, a Lista “Elevar a Psicologia”. Por esta altura em que vos escrevo, acredito que a mudança é possível; que é perfeitamente exequível fazer mais com menos (basta olhar para o meu trabalho nos últimos anos); que uma mudança de paradigma é tão necessária quanto urgente, tendo em conta os princípios da descentralização, da transparência e do rigor orçamental pelas quais o programa da lista a que pertenço se rege! Por esta altura, acredito que dia 6 trará boas notícias para todos os que, diariamente, procuram sobreviver numa profissão com um caminho tão duro e difícil! Sobre esse caminho já várias vezes vos falei, e muitas mais me queixei! Hoje, por esta altura em que vos escrevo, o meu discurso não é baseado no meu habitual e característico queixume, mas numa procura ativa de soluções. Foi esta procura ativa de soluções que me fez abraçar estes três meses de campanha! Foi um abraço tão rico, tão profícuo e tão demorado, que dificilmente me irei largar da Ordem daqui para a frente… Independentemente de, hoje (nessa altura em que me lêem), me estarem a “ver” como vencedora ou vencida, o que me fez vincular pela primeira vez a uma campanha está ganho e será mantido! Percebi que a minha vida na e com a Ordem não será a mesma. Não vou voltar a distanciar-me da sua gestão nem a “não querer saber” o que fazem com o dinheiro das minhas quotas e demais “contribuições”! Não vou voltar a desconhecer os membros dos seus orgãos sociais, o que fazem, o que fizeram e o que pretendem fazer pela Psicologia em Portugal. Não vou voltar a permitir-me “esconder” na minha vida atarefada, sem querer saber o que andam a tentar fazer por mim e pelos meus pares! Ai, e nem imaginam o que poderemos fazer se nos derem a oportunidade de pugnar para “Elevar a Psicologia”! E não vou desistir enquanto não for ouvida, realmente ouvida! Essa parte já devem conhecer em mim… Quando não me sinto ouvida, reclamo e grito! E faço ainda pior quando me sinto mal ouvida! Por essa altura em que me lêem, dou por terminada a primeira campanha da minha vida! E sinto-me profundamente honrada por tê-la feito no âmbito da profissão que tanto amo, e por poder tê-la levado a cabo sem receios, sem restrições ou sem pressões de “pesos pesados”. Porque, sabem, sou livre, “o politicamente correto não me assiste”, e sinto-me completamente privilegiada por poder publicamente assumir as minhas posições, os meus interesses e as minhas reais disposições! A ausência de medo fez-me abraçar o projeto da mudança e procurar representar aqueles que, tal como eu, não se revêem na Ordem que tivemos até aqui… Vencedora, ou vencida, da nossa Ordem dificilmente me desvincularei! E sugiro-vos que façam o mesmo! Que os novos orgãos sociais sejam capazes de respeitar promessas e de cumprir programas, para o bem de todos. E que me seja dada a possibilidade de contribuir para isso…

Andreia Azevedo
Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental Acreditada
Investigadora PhD
Diretora Clínica d(o) a Psivalor- Núcleo de Intervenção em Saúde Mental