Gerente da Casa Líder distinguido como “Profissional do Ano”

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O sócio-gerente da Casa Líder, um dos mais antigos e conhecidos estabelecimentos comerciais localizados no centro histórico da cidade (completa 43 anos no final deste mês), foi homenageado na sexta-feira à noite, 8 de Março, como “Profissional do Ano”, pelo Rotary Club de Pombal, numa cerimónia que decorreu no mini-auditório do Teatro-Cine de Pombal, perante familiares, muitos amigos e conhecidos, membros do clube anfitrião e representantes de outros clubes rotários.
Detentor de um percurso profissional e associativo considerado meritório, Carlos Cardoso tem dedicado a vida ao comércio tradicional, mas o seu contributo estende-se, também, à sociedade civil. Com um longo currículo associativo, o empresário, que completa 82 anos em Maio, foi dirigente e fundador de inúmeros projectos concelhios, com destaque para o Núcleo Recreativo Pombalense, Associação Comercial e de Serviços de Pombal, Cooperativa Rádio Clube de Pombal, entre outros.
“Ao homenagearmos o Sr. Carlos, estamos a homenagear todos os comerciantes do concelho”, realçou o presidente do Rotary Club de Pombal, na sessão de abertura. O objectivo, de acordo com o já avançado por aquele responsável numa nota de imprensa, é “distinguir um profissional que se evidenciou ao longo da sua carreira, tendo demonstrado características que merecem o aplauso e reconhecimento da comunidade”. O Rotary Club de Pombal destaca, ainda, a “forma abnegada e resiliente” como o “reputado comerciante da cidade de Pombal” soube, ao longo dos anos, “demonstrar a fibra com que o comércio tradicional se tece”, sem esquecer as “elevadas qualidades humanas e éticas” que fazem daquele profissional “um exemplo a seguir e, por isso, merecedor deste justo reconhecimento”.
E numa cerimónia onde o comércio tradicional esteve em evidência, a direcção dos rotários pombalenses convidou Inês Lisboa para falar aos presentes sobre sucessão nas micro e pequenas empresas. Com um discurso centrado na região de Leiria, baseado nos estudos que tem desenvolvido, a docente e investigadora da ESTG do instituto Politécnico de Leiria adiantou que cerca de 90% das empresas instaladas neste território são familiares, contribuindo com aproximadamente 60% do PIB. Além disso, é este mesmo tecido empresarial que contribui, entre 50 e 70%, para a criação de emprego. A par de outros aspectos positivos e negativos, Inês Lopes destacou aquele que é um dos grandes problemas das empresas familiares: a sucessão, revelando que menos de 50% destes negócios persistem na segunda geração; 20% persistem na terceira e menos de 10% consegue manter-se até à quarta geração. Para evitar que estes números ganhem expressão, a docente diz que é fundamental preparar atempadamente o fenómeno sucessório, enunciando aquilo a que chamou os “cinco mandamentos-base”. Desde logo, “os sucessores devem gostar muito da empresa e do negócio” e “ouvir os conselhos dos fundadores”. Por outro lado, “os fundadores devem dar oportunidade aos possíveis sucessores para tomarem algumas decisões no negócio”, até porque, segundo a oradora, “é necessário haver uma liderança conjunta entre fundador e sucessor”, que deve começar entre sete a 10 anos antes da transmissão de tarefas. E, por fim, “é preciso ter sorte no negócio”.

*Notícia publicada na edição impressa de 14 de Março