O CDS/PP (em Pombal) mentiu!

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2001

Pedro Brilhante

Infelizmente a atitude não é nova e o procedimento parece repetir-se no continuar da actuação de alguns dos seus membros eleitos e mesmo daqueles que não sendo eleitos, se passeiam como senhores feudais pelas sedes dos territórios onde saíram vencedores. Se na AM, por via da personalidade individual dos seus representantes, a intervenção e o sentido crítico construtivo são um exemplo de elevação, o mesmo não se tem aplicado a mais nenhuma das suas manifestações públicas/políticas. Se o presidente do CDS ficou conhecido por tentar invadir uma reunião da JSD na sede da Junta de Abiul, os seus representantes de freguesia no Oeste parecem procurar reconhecimento na quantidade de gafes, no aproveitamento de propostas já apresentadas por outros e nas mentiras que vão inventando para aparecer. E já nem falo da JP que, como se sabemos, já não existe mas que vai servindo para o CDS ir enviando uns comunicados em seu nome (quando o próprio “actual presidente” confessa – em debate na 97fm – que não conhece o concelho e que não se sente à vontade na discussão dos temas… está tudo dito).

A política é um exercício sério. Mexe com a vida das pessoas e vive do voto de confiança que essas mesmas pessoas lhe atribuem. Quando um partido envia um comunicado assumindo o relato de algo que não aconteceu em seu próprio benefício, não está apenas a quebrar esse laço, está a quebrar todos os seguintes. É uma falta de respeito intolerável e uma “chico-espertice” do mais baixo nível democrático que só pode ter como objectivo uma tentativa de ludibriar os pombalenses, insultando a sua inteligência e tentando faze-los passar por “parvos”. Quando se afirma que se discutiu e aprovou um ponto que – apesar de o terem proposto à discussão – nem foi discutido, nem esteve próximo de ser proposto a votação (quanto mais aprovado) e muito menos esteve perto de recolher o apoio da AF, não pode ter por base nenhuma boa intenção e muito menos uma consciência efectiva da real importância do que significa a sua função enquanto membros eleitos.
No CDS, infelizmente, nada disto é novo. Antes propunham medidas já aprovadas (como a praia para nudistas), depois passaram a lançar propostas já apresentadas por outros (como o parque radical do Oeste) e agora já num outro patamar de “vigarice política” dedicam-se à invenção de histórias e narrativas delirantes. É profundamente lamentável e demonstra uma tremenda falta de ética no exercício de funções.
Em política não vale tudo. Mas por vezes encontramos situações em que alguns intervenientes acreditam mesmo que vale. Digam-me agora com que “cara” aparecerão estes mesmos elementos na próxima AF do Oeste a aprovar uma acta que contradiz o seu comunicado? Será que vão propor a alteração da acta pedindo para se incluir o que não aconteceu? … Ou a tal “cara” ganha vergonha e percebe que não tem condições para se manter numa posição para a qual demonstrou não estar à altura e desrespeitou grosseiramente?
Esperarei pacientemente para ver “a cara” que se dignará a aparecer, porque “a política sem ética é uma vergonha”.