O presidente da Associação Empresarial do Concelho de Pombal (AECP), Horácio Mota, revelou preocupação com as dificuldades enfrentadas pelas empresas portuguesas, destacando a excessiva burocracia como um dos principais obstáculos à competitividade. Na sessão de abertura do “MOVE Pombal – PME Líder 2024”, realizado no dia 22 de Julho e destinado a distinguir as empresas do concelho galardoadas com o Estatuto PME Líder, Horácio Mota afirmou que “a burocracia tornou-se um travão ao investimento e à modernização do país”, dificultando o acesso ao crédito, a apoios financeiros e processos de candidatura a fundos europeus.
Durante o evento, promovido pelo Município de Pombal, Horácio Mota salientou que, apesar das linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco Português de Fomento, “o acesso a estes instrumentos continua a ser difícil devido à baixa dotação orçamental e à burocratização associada”. Para o presidente da AECP, é fundamental torná-los “mais acessíveis, ágeis e ajustados à realidade das PME”.
Perante uma plateia composta sobretudo por empresários do concelho, o dirigente destacou a escassez de mão-de obra-qualificada como “um desafio transversal”, lamentando que se continue a perder “talento” devido à falta de “valorização das profissões técnicas”, factores que limitam, de igual modo, o crescimento empresarial. Horácio Mota chamou ainda a atenção para a necessidade de se aproveitarem oportunidades como as da transição digital e transição verde, mas para isso é preciso que haja “apoio efcetivo, formação e acesso facilitado ao financiamento”. Sem isso, “poderão tornar-se mais uma barreira do que uma alavanca.”
“A nossa missão, enquanto associação, é estar ao lado das empresas” e, nessa medida, “ajudar a simplificar, a informar, a apoiar”, sublinhou.
*Notícia publicada na edição impressa de 7 de Agosto
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