Leonardo Bento, aluno do 3.º ano do curso profissional de Programação e Maquinação CNC da ETAP, descobriu cedo que “a arte tem o poder de transformar a forma como vemos o mundo”.

Apaixonado por desenho, música e fotografia, encontrou na ETAP o espaço ideal para aprofundar uma dessas vertentes e dar forma a uma vontade que já o acompanhava há algum tempo.
Sabendo que existia na escola um Clube de Fotografia — criado anteriormente por uma professora, mas entretanto “adormecido” — Leonardo sentiu que estava na altura de lhe imprimir um novo rumo. Assumiu o desejo de o dinamizar e desafiou a escola a acompanhá-lo nessa iniciativa.
A resposta da ETAP foi imediata e veio com luz verde. No último ano lectivo, e movido pela vontade de partilhar conhecimentos com outros alunos, Leonardo criou uma turma aberta a qualquer estudante que quisesse aprender mais sobre a arte de fotografar. Sem equipamentos específicos disponíveis, recorreu aos telemóveis para ensinar os cerca de 50 alunos que passaram pelo clube. As sessões em sala foram complementadas com saídas para o exterior, onde os participantes podiam pôr em prática os ensinamentos teóricos.

Residente no Vale da Cavadinha, na freguesia de Pombal, Leonardo fala do projecto com entusiasmo e gratidão, consciente de que se tornou pioneiro, enquanto aluno, na dinamização de uma iniciativa deste género na ETAP.
“O mais incrível tem sido viver a sensação de ser um pouco ‘professor’, ao ensinar, orientar e ao mesmo tempo continuar a aprender com os outros. É nesta troca que percebo o verdadeiro valor da criatividade e da colaboração”, partilha, orgulhoso.
“Uma das experiências mais marcantes foi orientar os meus colegas durante uma oficina de fotografia”, recorda.
“Ensinar a ajustar o enquadramento, mostrar o que é o assunto numa fotografia e usar elementos exteriores para fazer uma imagem única fizeram-me perceber o valor de partilhar o que sei”, descreve, deixando transparecer, em cada frase, o entusiasmo que o move.
Aos 17 anos, Leonardo reconhece que o futuro profissional não passará pela fotografia — possivelmente pela Engenharia Electrotécnica — mas garante que continuará a alimentar esta paixão pela arte de registar o mundo que o rodeia e que descobriu aos 15 anos.
No final, deixa “um agradecimento discreto, mas muito sincero, à Joana Pedralva, às professoras Manuela Marques e Rosa Cristóvão, pelo incentivo e pela inspiração que tornaram este projecto possível”. Não esquece também o apoio do pai, Micael Bento, “que nunca me deixou desistir”, e de Ana Clara França, a namorada.
*Notícia publicada na edição impressa de 20 de Novembro








































