Amianto removido de edifícios abandonados há vários anos no Casarelo

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A partir do dia 1 de Janeiro de 2005, a União Europeia determinou a proibição de utilização de todas as fibras de amianto. Até àquela data, nomeadamente nas décadas de 70 e 80, o amianto foi amplamente utilizado em materiais para a construção, devido às suas características físicas, térmicas e económicas, sendo os mais conhecidos as telhas de fibrocimento.
Em Pombal, o caso mais mediático em torno do amianto tem sido o da Escola Gualdim Pais, que desde há vários anos aguardava pela remoção da actual cobertura. A boa nova chegou recentemente, com o anúncio de que a sua intervenção irá avançar, ao abrigo de um programa que vai custar 60 milhões de euros, financiado por verbas comunitárias, abrangendo 578 equipamentos escolares.
Mas ainda que os edifícios públicos tenham estado, nos últimos anos, no centro das atenções, a verdade é que o problema se estende, igualmente, aos privados.
No centro da cidade de Pombal, mais concretamente na zona do Casarelo e a escassos metros de uma superfície comercial com grande afluência diária, vão ser finalmente removidas as coberturas de amianto de um conjunto de armazéns que se encontra em estado de abandono há vários anos. Os bens em causa (infra-estruturas e terreno com cerca de 7500m2) eram parte de um moroso e complexo processo de insolvência, envolvendo o empresário José França, e que só agora chegou ao fim.
Depois de ter ido a leilão em Abril deste ano, e sem que tenham existido interessados na compra, o terreno acabou por ser adquirido pelas Construções Ponte & Mota, já numa fase pós-leilão.
A informação foi confirmada ao nosso jornal pelos responsáveis da construtora, que avançam ainda que a empresa, depois de ter tomado posse do local, já iniciou o processo de desmatação e limpeza do terreno, bem como a colocação de placas com a indicação de propriedade privada. Concluída esta etapa, as Construções Ponte & Mota, um dos promotores do Loteamento do Casarelo, tem já “em curso o processo de desmonte do telhado”, atendendo ao risco de saúde pública que decorre da presença do amianto.

Valorização do centro da cidade
Já com dois edifícios em construção nessa mesma zona, os responsáveis da construtora esperam dar continuidade à valorização daquela área, possibilitada pela aquisição daqueles terrenos, no âmbito do referido processo de insolvência.
O estudo foi entretanto entregue a um gabinete de arquitectura de Pombal, que irá tentar obter o melhor enquadramento urbanístico daquela localização.
Os promotores acreditam que a concretização dos estudos urbanísticos agora em curso irão não só promover a regeneração daquela zona, como também a dinamização da sua área envolvente, dando assim continuidade à criação de habitações de elevado padrão em Pombal.

 

*Notícia publicada na edição impressa de 3 de Setembro