Resultados “encorajadores” no tratamento da depressão

0
1742

O novo programa psicoterapêutico para tratamento da depressão em adolescentes, testado no âmbito do projecto de doutoramento de Andreia Azevedo, começou a ser aplicado no serviço de pedopsiquiatria do Hospital Pediátrico de Coimbra, tendo dois grupos de trabalho: um grupo experimental, ao qual foi aplicado o programa estruturado de intervenção cognitivo-comportamental, e um grupo de controlo, que continuou a fazer o tratamento habitual a cargo de médico pedopsiquiatra. Após as doze sessões da fase activa de intervenção, a investigadora concluiu que no grupo experimental houve uma maior diminuição da sintomatologia depressiva, da ideação suicida, dos níveis de ansiedade, bem como uma diminuição das variáveis de risco (ex. auto criticismo, conflito com os pais) e aumento das variáveis protectoras (ex. flexibilidade psicológica, auto compaixão, mindfulness). “Estes dados ainda têm pouca expressão, porque os grupos são muito reduzidos, mas são encorajadores”, adverte Andreia Azevedo, assinalando que “apesar destas diminuições, os adolescentes continuam deprimidos no final desta fase ativa”.

Procuram-se jovens para integrar o projecto no Centro de Saúde de Pombal

Este projecto também foi acolhido no Centro de Saúde de Pombal, estando agora na fase de identificação de adolescentes, tanto através das dos Serviços de Psicologia e Orientação das escolas e da URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, com a colaboração imprescindível da Drª Sónia Mira, como na própria comunidade.

Quem pretenda usufruir desta resposta complementar gratuita, direccionada para jovens entre os 14 e os 18 anos, deverá contactar a investigadora responsável pelo e-mail andreia.azevedo81@gmail.com ou pelo número 937 877 691. Após este contacto, será feita a avaliação do adolescente e, caso este apresente sintomas depressivos, poderá integrar o estudo e beneficiar de tratamento psicoterapêutico sem qualquer custo associado.

[box] As principais características da depressão prendem-se com humor triste ou irritável durante a maior parte do dia, alterações significativas no apetite ou peso corporal, dificuldades de concentração, sinais físicos de agitação ou letargia e perda excessiva de energia, pensamentos recorrentes acerca da morte ou suicídio. No caso de crianças e adolescentes também são frequentes as queixas físicas inespecíficas ou vagas (dores de cabeça, dores de estômago), desempenho escolar excepcionalmente pobre, explosões de raiva acompanhadas de gritos, reclamações, irritabilidade ou choro inexplicáveis, maior vulnerabilidade a comportamentos de risco.[/box]

Leia a notícia completa na edição impressa nº 43