“Aleluia” é um grito de louvor de origem judaica, presente em diversas religiões incluindo nos cultos e orações cristãs, que significa “Louvai a Deus”.
No Domingo de Páscoa ou Domingo de Aleluia, os cristãos celebram a ressurreição de Jesus ocorrida ao terceiro dia após a sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento.
A palavra “Páscoa” vem do hebraico Pessach, que significa “passagem” e originalmente, no Judaísmo, celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito,
No Cristianismo, a Páscoa é a celebração mais importante da nossa fé, celebramos a libertação do pecado, o perdão do castigo e a vitória sobre a morte!
O Papa Francisco, na sua mensagem para a Semana Mundial da Juventude, realizada em Portugal em 2023, fez um apelo aos jovens para que se unam na esperança, “partilhando as suas alegrias e tristezas, e para que não tenham medo de partilhar com todos a esperança e a alegria de Cristo Ressuscitado.
Enquanto escrevo esta coluna, o mundo teve conhecimento do falecimento do Papa Francisco, algo que naturalmente alterou significativamente o conteúdo da minha mensagem.
A Páscoa é um momento de renovação da fé e de confirmação de esperança numa vida nova.
A minha esperança é que a maioria de nós tenha aprendido algo com o pontificado de Jorge Mario Bergoglio.
Que tenhamos entendido a necessidade imperiosa de implementarmos no mundo uma fraternidade Universal, com respeito por Todos, pelas nossas diferenças e características individuais. Que compreendamos que o facto de sermos adversários em alguma actividade, desportiva, política ou profissional, não faz de nós inimigos e implica que não percamos o respeito pelo próximo.
Por outro lado, que percebamos o seu repto para agir. A construção de um mundo melhor não é responsabilidade exclusiva dos grandes lideres mundiais, essa transformação é responsabilidade de cada um de nós, de Todos, pela nossa acção diária.
A democracia trouxe às sociedades que têm o privilégio de a experienciar, a ilusão de que no voto esgotamos o nosso papel transformador na sociedade. Nesse acto, delegamos noutro ou noutros a nossa responsabilidade para com a sociedade e principalmente perante Deus. Os responsáveis políticos mundiais, nacionais ou locais têm o poder de aprovar leis, fazer ou terminar guerras, construir obras e muitas outras coisas; no entanto, quem faz a sociedade em que vivemos, somos Nós!
Como exemplo muito simples e perceptível, dedico breves linhas desta mensagem de esperança, ao fenómeno da “corrupção” que tanta tinta gasta no nosso meio político e na nossa comunicação social. Por mais leis, meios policiais e judiciais que existam, quem tem o poder de combater esse e outros fenómenos de comportamento social, que decorrem da ganância dos Homens, é a própria sociedade, cada um de nós na sua vivência diária.
De nada serve elogiar o legado do Papa Francisco e do seu pontificado se as suas palavras não tiverem o impacto merecido no nosso comportamento.
Cristo ressuscitou, aleluia!
Telmo Lopes
Presidente da concelhia de Pombal do CDS-PP
*Artigo publicado na edição impressa de 24 de Abril