Comissão quer “dar voz” à população da Ilha e lugares limítrofes

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Corria o ano de 1984 quando foi oficialmente criada a Comissão de Melhoramentos da Ilha e Lugares Limítrofes. Durante seis anos, o projecto manteve-se em funcionamento até que, em Maio de 1990, data da última acta, entra em inactividade. O documento sublinhava o propósito de que deixaria de fazer sentido a sua existência, “uma vez que o objectivo principal tinha sido atingido”, o que não invalidaria, contudo, que se mantivesse “atenta ao desenvolvimento e à forma que tomaria a nossa terra”, recorda Paula Pedro, a recém-eleita presidente da direcção e que sucede a Ramiro Grilo.

Volvidos 31 anos, a comissão regressa ao activo e, para isso, já deu os primeiros passos, ao eleger os novos órgãos sociais. O acto eleitoral decorreu online, no passado dia 26 de Fevereiro, com Paula Pedro a assumir, neste mandato (2021/2024), a presidência da direcção.

“Sentimos que faz sentido a reactivação”, conta a dirigente, mas agora com objectivos diferentes daqueles que motivaram o avanço deste projecto. A preocupação passa, acima de tudo, pela “vontade” de quebrar “um silêncio que se vem instalando, nos últimos anos”. Para isso, a comissão quer “dar voz às pessoas que habitam nestes lugares”, assumindo o papel de “amplificadores” dessas vozes “junto do poder local”, explica Paula Pedro. Para isso, todos os contributos de quem habita ou trabalha nos lugares da antiga freguesia da Ilha serão bem-vindos.

Relativamente à sede, não há instalações previstas. Antes pelo contrário: “será em cada rua destes lugares”, adianta a presidente.

“Os nossos pais mobilizaram-se e trabalharam para que o nosso futuro fosse melhor do que aquele que tiveram e, com isso, ensinaram-nos que não devemos ficar apenas pelo sonhar”, recorda Paula Pedro. Na linha dos ensinamentos recebidos dos antepassados, “e independentemente das nossas cores clubísticas ou filiações partidárias, unimo-nos para que os nossos filhos tenham, também eles, um futuro melhor que o nosso. É esse o nosso propósito de existir”, sublinha aquela responsável.

Alexandre Silva, Victor Couto dos Santos, Fernando José Coluna, Paula Pedro, David da Silva Moderno e Tiago Duarte Fernandes

ÓRGÃOS SOCIAIS

Direcção

– Paula Alberto Pedro (presidente)

– David da Silva Moderno (vice-presidente)

– Alexandre Duarte Silva (tesoureiro)

– Victor Couto dos Santos (1º secretário)

– Fernando José Cunha (2º secretário)

– Tiago Duarte Fernandes (suplente)

Mesa da Assembleia-Geral

 – Luís Couto dos Santos (presidente)

– Susana Alves Capitão (vice-presidente)

– Mário João Silva Pedrosa (secretário)

– Carlos M. Pereira Pedrosa (suplente)

– Maria Fátima Cardoso Ferreira (suplente)

Conselho Fiscal      

 – Nuno Jorge do Cou to Fernandes (presidente)

– Marco Jorge Pedrosa Capitão (vice-presidente)

– Humberto Pedrosa Rodrigues (vogal)

 

COMISSÃO INSTALADORA

Na acta de criação da Comissão de Melhoramentos da Ilha e Lugares Limítrofes, em 1984, constam 144 assinaturas. Dessas, 12 pertenciam aos elementos que formaram a comissão instaladora: António do Carmo Rodrigues (Ilha), António da Silva Santos (Ilha), Fernando Manuel da Costa Gonçalves (Rosados), José da Ascensão (Moitas Brancas), Manuel Alberto (Oliveirinha), Alberto Ferreira Gonçalves (Chã da Ilha), José Maria de Jesus (Ilha), Elísio Domingues (Feteira), José Jacinto Lopes (Escoura), José Elísio Cardoso da Silva (Helenos) e José Maria de Jesus Santos (Helenos).

 

*Notícia publicada na edição impressa de 11 de Março