Pedro Pimpão publica livro que homenageia o pai e apoia a Cercipom

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Foram muitas as personalidades, de vários quadrantes da sociedade, que marcaram presença no Café Concerto, no sábado (18), ao final da tarde, para assistir à apresentação de “Cartas Pombalinas”, editado pela Imagens & Letras.

Representante da editora, Luís Marques Mendes, Pedro Pimpão e Margarida Cardoso

O livro, da autoria de Pedro Pimpão, actual presidente da Câmara Municipal de Pombal, reúne as crónicas publicadas pelo autor na imprensa local e regional, ao longo de duas décadas em que exerceu diferentes funções públicas, e é prefaciado por Luís Marques Mendes, que esteve também na apresentação. As verbas angariadas com a venda do livro revertem a favor da Cercipom, instituição ali representada por Preciosa dos Santos. Para a directora-geral, “é uma atitude que contribui para a qualidade de vida das pessoas que apoiamos”.
Mas mais do trazer à luz do dia as reflexões publicadas na imprensa, sobre os mais variados temas, “Cartas Pombalinas” é um “Tributo a Pimpão dos Santos”, pai do autor, falecido em Agosto de 2022 e cuja vida foi dedicada ao jornalismo.
“Esta foi a forma que encontrei de lhe dizer obrigado”, expressou Pedro Pimpão, quando falava das motivações para avançar com a publicação do livro, cuja ideia nasceu no período da pandemia, numa altura em que “tínhamos tempo para fazer coisas”.
Foi do “arrojo” de José Pimpão dos Santos, o pai, que o semanário “O Correio de Pombal” foi lançado, como recordou o autor, que, a esse propósito, fez ainda referência ao importante papel da comunicação social nas pequenas localidades.
Antes disso, a professora Margarida Cardoso, a quem coube a revisão dos textos, elogiou a ligação de Pedro Pimpão à terra, cujas crónicas são “o reflexo desse sentimento”. E acrescentou: “são a prova de que um homem de barba rija consegue ter a coragem necessária para dizer ‘amo-te’ às pessoas de quem gosta, não se coibindo de manifestar publicamente esse amor por alguém, por uma instituição ou simplesmente por uma comunidade”.
A encerrar, Luís Marques Mendes falou da “relação afectiva” com Pombal e dos vários motivos que o ligam a este território, recuando ao período em que foi aluno de Carlos Alberto da Mota Pinto para traçar este friso cronológico.
Sobre o livro, o autor do prefácio destacou o facto de ter sido editado no ano em que se assinalaram 50 anos do 25 de Abril. “É celebrar a liberdade, a democracia e o poder local, o que tem tudo a ver com o Pedro Pimpão”, frisou. Por outro, o social-democrata e comentador televisivo elogiou o “sentimento de gratidão” manifestado por Pedro Pimpão ao pai, através das “Cartas Pombalinas”. “Uma atitude de grande categoria moral e ética”, afirmou.
“Tenho pelo Pedro Pimpão um sentimento de profunda admiração”, a quem definiu como “exemplo para a sociedade, para a política em geral e mesmo para os que não andam na política”. Além disso, “é um apaixonado pela vida política”, mas, segundo Luís Marques Mendes, “tem uma coisa importante: faz vida pública e política na base de causas. É apaixonado por causas, sobretudo ligadas à sua terra, ao seu concelho, à sua região”.
É, na sua opinião, “um exemplo de seriedade, de proximidade e tem o resultado: obra”, pelo que “com estas qualidades, não me admiro que tenha aqui uma multidão”, incluindo “pessoas que não são de Pombal”.

*Notícia publicada na edição impressa de 23 de Janeiro