Toy actua no sábado à noite, mas a programação inclui também tasquinhas, artesanato, antiguidades, doçaria, recriação da Batalha e homenagens. As actividades decorrem no centro da freguesia, onde a Junta, que assume a organização do evento, vai instalar novamente uma tenda para oferecer mais conforto aos visitantes.

A freguesia da Redinha celebra, nos próximos dias 15 e 16 deste mês, os 214 anos das invasões francesas, ao homenagear os soldados tombados em combate e ao recriar aquela que foi a última batalha entre as tropas francesas e inglesas.
O programa delineado pelo executivo de Paulo Duarte segue a matriz dos anos anteriores. A encenação histórica da Batalha, no mesmo palco onde tudo aconteceu a 12 de Março de 1811, é um dos pontos altos do evento, atraindo centenas de pessoas à ponte romana da vila, sobre o rio Anços, no final da manhã de domingo. Contudo, o evento oferece muitos outros motivos de atracção ao longo do fim-de-semana.
Há Feira de Velharias e Coleccionismo, expositores de artesanato, doçaria e queijo regional, tasquinhas dinamizadas pelo Rancho da Redinha e pela Associação de Anços, muita música e folclore.
Foi já sob a liderança de Paulo Duarte que o evento ganhou uma nova projecção. O executivo deixou para trás a programação que se cingia ao domingo e apostou em dois dias de festa. Ao mesmo tempo, introduziu-lhe conforto, com a instalação de uma tenda gigante, onde decorrem as tasquinhas e actuações musicais. Ingredientes de sucesso que impulsionaram o evento e, ano após ano, trazem milhares de visitantes ao centro da freguesia.
“Foi sempre a nossa luta transformar isto na festa da freguesia”, explica Paulo Duarte, uma vez que “é a única organizada integralmente pela Junta”.
No sábado, o evento abre portas às 20h00, altura em que as refeições começam a ser servidas nas tasquinhas. À mesa hão-de chegar alguns dos pratos típicos da região, servidos com a arte do saber-fazer que as sucessivas gerações vão perpetuando.
Mas é também no sábado que, a partir das 21h00, o artista Toy sobe ao palco com a sua banda. Depois de Quim Barreiros e dos Diapasão, a Junta de Freguesia aposta, na edição deste ano, no conhecido músico para animar a noite de sábado no palco principal, cujo programa encerra ao som de Graciano Ricardo, que dá o mote ao baile.
Élio Sebastião, secretário do executivo, não tem dúvidas de que a contratação de artistas de renome para a noite de sábado resulta numa afluência muito maior, com “um impacto que antes não havia”.
O movimento cresceu de tal ordem que os próprios expositores começaram a manifestar vontade de marcar presença no evento logo no primeiro dia, e não apenas no domingo, como antes acontecia. A dinâmica da festa, aliada à melhoria de condições que oferece, impulsionou também o interesse de mais participantes, que se reflectiu num aumento significativo de inscrições para os expositores.
Já no domingo, o programa começa cedo. Às 09h00, tem início a Feira de Antiguidades, Artesanato e Doçaria Regional e no mesmo horário é celebrada missa em memória dos militares e civis que tombaram nos campos da Redinha. Para quem não participa na missa, há caminhada pelas margens do Rio Anços e Terras de Sicó.
O momento mais institucional e simbólico do evento começa às 10h30, com o hastear das bandeiras a que se segue a homenagem aos mortos em combate, junto ao memorial, com actuação da Filarmónica do Louriçal (11h30). A encenação histórica com a participação de Almanach está prevista para as 12h00.
A tarde de domingo será dedicada à cultura, com a actuação de três ranchos de fora do concelho e dos Pauliteiros de Vila Nova de Anços, repartidos pelos palcos 1 e 2.
Fora do âmbito da programação, o presidente da Junta diz que a principal novidade desta edição é o reforço da aposta na sustentabilidade. Em 2024, foram introduzidos os copos reutilizáveis, ainda que sem carácter obrigatório. Este ano, a medida é reforçada e “só será permitido servir bebidas nas tasquinhas em copos reutilizáveis”, adianta Paulo Duarte.
A terminar, o autarca deixa “o convite às pessoas para que visitem a Redinha, que continua a ser uma terra lindíssima”.