Aos 21 anos, Máximo quer afirmar-se como um dos valores emergentes na cena musical. Depois de em 2023 ter lançado o seu trabalho de estreia, “Greatest Hits”, tem agora um novo trabalho para mostrar. “Pangea” vai ser apresentado em Portugal, neste mês de Fevereiro, numa tour que arranca no dia 21, em Pombal, no Auditório Municipal, pelas 21h30.
Por certo que o espectáculo de Pombal terá um sabor especial para Máximo. Esta é a terra dos seus avós paternos e por aqui passou muitas vezes, antes de se ter fixado em Rotedão, nos Países Baixos. Em “Pangea”, o pianista explora sonoridades e técnicas de composição alternativas, “movido pelo ímpeto de alcançar novas dimensões musicais, desde logo mediante a inclusão de elementos electrónicos, voz e outros instrumentos, além do piano”. A última faixa do álbum foi escolhida para música oficial do Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka, onde o músico também irá actuar. Máximo compôs para um trio de piano, bateria e baixo electrónico, e nos quatro concertos da tour nacional estará acompanhado de Joppe van Noten (bateria) e Jan Honnef (baixo). Além dos quatro temas de “Pangea”, um para cada estação do ano, que segundo o músico “podem ser experienciados isoladamente, mas em conjunto formam algo maior do que a soma das partes”, o trio vai entregar-se ao improviso, ampliando assim as faixas do álbum para criar um arco narrativo mais extenso, tornando cada performance única. Haverá momentos de piano solo, mas também spoken word e exploração com electrónica, sintetizadores e faixas pré-gravadas. Além da música, o espectáculo terá ainda uma componente audiovisual.
Máximo nasceu em Coimbra, em 2003, e iniciou o seu percurso musical na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, aos sete anos. Actualmente está a terminar a licenciatura em Composição Jazz, na Coddarts Rotterdam. Não obstante a sua formação clássica, são as suas incursões autodidactas na composição de peças originais que evidenciam a sua aptidão particular para a fusão de estilos musicais.
Ao Pombal Jornal, o músico assume que as ligações afectivas e familiares a Pombal farão deste um concerto “especial”, pelo que “vou sentir-me em casa”.
Para quem não conhece o seu trabalho, Maximo diz que o público pode esperar um “concerto diferente”, recheado de “elementos visuais” e onde o piano não será o único protagonista.
“Pangea” é para “quem gosta de música” e, aqui, cabem diferentes públicos, refere o pianista, numa alusão à versatilidade deste trabalho, incluindo aqui desde os fãs de jazz aos que preferem música electrónica ou, até, aos que gostam de música clássica.