Penela com o orçamento mais baixo dos últimos 10 anos

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O orçamento aprovado pela Assembleia Municipal de Penela, no dia 20 de Dezembro, representa, na perspectiva do presidente da Câmara, “o começo de uma nova etapa”. Com perto de 10 milhões de euros para gerir em 2014 – o valor mais baixo dos últimos 10 anos -, Luís Matias apontou a necessidade de os modelos de gestão autárquica se adaptarem, “nomeadamente através da redução dos custos de financiamento, com a consequente libertação de recursos financeiros para o investimento indispensável ao desenvolvimento estratégico do território”. Na linha destas afirmações, o autarca esclareceu que o orçamento já tem em consideração as orientações da nova lei das Finanças Locais, perspectivando uma taxa de execução entre os 80 e os 90 por cento.

Dos seis milhões de euros previstos para despesas correntes – com uma redução de meio milhão de euros face a 2013 -, cerca de metade serão canalizados para áreas como a educação, cultura e património, juventude e desporto, abastecimento público, desenvolvimento económico e ambiente. Por seu turno, anunciou Luís Matias, as despesas com pessoal vão pesar 20 por cento no total do orçamento, valor este que, segundo o edil, está “bastante abaixo da média nacional”.

Luís Matias esclarece, no entanto, que este é um orçamento que “consubstancia um profundo respeito pelo compromisso celebrado com os penelenses no último acto eleitoral”. Neste contexto, faz questão de frisar que dos quatro milhões de euros para despesas de capital há projectos que assumem carácter prioritário. É o caso do HIESE – Habitat de Inovação Empresarial nos Sectores Estratégicos, a requalificação dos acessos à Villa Romana do Rabaçal, a pavimentação de caminhos agrícolas, FABLAB Aldeias de Xisto e o Centro de Caprinicultura da Ferraria de S. João. Investimentos que têm como objectivo, segundo o edil, contribuirpara atrair investimentos estruturantes, aportar novas dinâmicas da criação de riqueza e gerar empregos com vista ao desenvolvimento do território.

Além disso, o presidente espera manter o turismo como um sector de desenvolvimento estratégico, assentando esta preocupação num reforço da aposta nos produtos endógenos e nos factores distintivos do território, bem como nas redes temáticas.