Pedrógão Grande quer demissão de Seguro

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A Concelhia de Pedrógão Grande do Partido Socialista (PS) enviou uma nota de imprensa à Comunicação Social pedindo a “imediata demissão do actual secretário-geral do partido, António José Seguro”.

O motivo para a “revolta e indignação dos militantes da concelhia de Pedrógão Grande” foi uma declaração que consideram ser “manifestamente falsa”. Numa entrevista ao jornal Público, no passado dia 3 de Agosto, Seguro afirmou: “Foi por mim que passou a haver a possibilidade de os militantes poderem escolher os candidatos a presidentes de Câmara”. No dia 6 de Agosto, o PS de Pedrógão Grande “aprovou por unanimidade uma proposta que visa a demissão” do secretário-geral socialista.

Na nota de imprensa, a concelhia culpa António José Seguro pela “derrota pesada e colossal do PS em Pedrógão Grande, nas eleições autárquicas de 2013, em que o PSD ganhou com maioria absoluta a presidência de todos os órgãos autárquicos” naquele concelho. A razão apontada para os “resultados extremamente negativos” serão os “múltiplos erros que foram cometidos” por Seguro e “pelo presidente da Federação, João Paulo Pedrosa, na condução do processo autárquico em Pedrógão Grande”. A escolha do candidato àquela Câmara Municipal terá sido da responsabilidade do Secretariado Nacional e do Secretariado da Federação, que “em manifesta revelia e oposição com os órgãos da concelhia” são acusados de ter ignorado e de não ter respeitado “a opinião e o poder de decisão da esmagadora maioria dos militantes que tinham elegido como candidato Diogo Coelho. Ao avocar o processo autárquico de Pedrógão Grande, numa clara violação dos Estatutos e Regulamentos do PS e dos mais elementares princípios de direito constitucionalmente consagrados, António José Seguro permitiu que o Presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, João Paulo Pedrosa, chamasse a si a responsabilidade de escolher, ele próprio, o candidato”. “Ao contrário do que António José Seguro apregoa no jornal Público, aos militantes de Pedrógão Grande do PS foi vedada e retirada a possibilidade de poder escolher o candidato a presidente de Câmara”, afirmam.