O CONCELHO EM ANÁLISE | O ambiente como condição de desenvolvimento

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A sensibilidade às questões ambientais é hoje, mais do que nunca, um fator essencial a ter em conta sempre que se lança um projeto de qualquer natureza.
O conceito de cidades/territórios sustentavéis começam a multiplicar-se um pouco por todo o mundo desenvolvido, onde existe uma cada vez maior consciencialização da necessidade de melhorar e adaptar a gestão das zonas urbanas, de forma a prepará-las para as gerações futuras, garantido a sua sustentabilidade ambiental.
O desenvolvimento sustentável é por norma definido como a “capacidade de manter o crescimento económico de um determinado território de forma a conservar os recursos naturais, na perspectiva de manter a sustentabilidade dos elementos naturais para que eles sejam capazes de igualmente atender às necessidades da humanidade no futuro.”
Importa pois, fomentar uma cultura cívica territorial que tenha uma maior consideração dos riscos e dos efeitos das alterações climáticas e uma maior consciência do valor do ambiente que nos permita viver bem dentro das limitações do território.
Trata-se de colocar o meio ambiente não como tema das ações, mas referenciá-lo como condição básica para o desenvolvimento do município.

 

PONTOS FORTES:
Pacto de Autarcas para o Clima e a Energia

O Pacto de Autarcas para o Clima e a Energia é o principal movimento europeu que envolve autarquias locais e regionais voluntariamente empenhadas no aumento da eficiência energética e na utilização de fontes de energias renováveis nos respectivos territórios. Através do seu compromisso, os signatários pretendem atingir e ultrapassar o objectivo da UE.
Pombal aderiu, recentemente, a este movimento que se trata de um ponto forte na promoção de um desenvolvimento local sustentável, adaptado às alterações climáticas e eficiente do ponto de vista energético através do fomento e apoio conjunto na implementação de políticas de energia sustentável que, com certeza, se repercutirá na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 

OPORTUNIDADES:
Novo corredor ribeirinho

O Município de Pombal vai avançar com a construção de 4,1 quilómetros de corredor ribeirinho ao longo do rio Arunca, ligando as localidades de Flandres e Ranha de Baixo, num investimento de 700 mil euros.
Este projeto, que dá continuidade ao corredor ribeirinho já existente, para além de constituir uma oportunidade no sentido de uma maior promoção e valorização dos recursos naturais junto da população, aumenta também os espaços de desporto e lazer existentes, contribuindo simultaneamente para que haja uma cada vez maior eficácia na fiscalização dos problemas existentes e no alerta às autoridades competentes.

 

PONTOS FRACOS:
Falta de investimento público

As limitações à capacidade de investimento público e a dispersão na liderança de processos são duas das fraquezas apontadas na implementação dos planos de acção para a sustentabilidade energética e climática.
Uma análise recentemente realizada pela Rede Europeia de Ação Climática (CAN) aos Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC) dos estados-membros da União Europeia, corroboram a falta de investimento na eficiência e para que esta efetivamente resulte é necessário que estas políticas sejam asseguradas, primeiramente, à escala nacional para que as autarquias conseguiam fazer o seu papel eficientemente.

 

AMEAÇAS:
Poluição no Rio Arunca

De há algum tempo a esta parte, que a poluição no Rio Arunca e seus efluentes tem constituido uma preocupação, tanto das entidades locais, como dos pombalenses na sua generalidade. Deu, inclusive, origem a um movimento recente denominado “Amigos do Arunca” que numa carta aberta expôs também esta preocupação.
A valorização dos rios e das suas margens é essencial, sendo portanto, urgente que as autoridades tomem medidas sérias de monitorização e combate a este tipo de actos de poluição.

Nicolle Lourenço
Engª Eletrotécnica | Deputada Municipal PSD
nicolle_lo@hotmail.com