Município quer conhecer ‘negócio’ entre Caixa Agrícola e Adepombal

0
2006

O Município de Pombal pretende conhecer os “termos de negócio” entre a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pombal e a Adepombal – Adega Cooperativa de Pombal, tratando-se de um património doado pelo próprio município. Para o efeito, o executivo municipal intentou uma acção judicial que já deu entrada no Juízo Central Cível do Tribunal Judicial da Comarca de Leiria.
Em declarações ao Pombal Jornal, o presidente da Câmara de Pombal esclareceu que a acção pretende “conhecer os termos da compra” por parte da Caixa Agrícola dos terrenos que o município doou à cooperativa para o fim específico de ali construir as suas instalações, junto ao Parque Industrial Manuel da Mota.
“A informação de que disponho é que a Caixa tenha comprado o imóvel”, mas desconhece a quem e de que forma, adiantando que “o objecto social dos bancos não é a compra e venda de imóveis”. “Se um banco actua no mercado como uma imobiliária alguma coisa pode não estar bem”, disse.
O autarca realça que o terreno foi doado à Adega Cooperativa para um fim específico, pelo que se existe a intenção de ser alterado a sua propriedade ou o seu fim devia ser do conhecimento do próprio município. “A entidade municipal vai ter de actuar em dupla componente: como entidade doadora e como entidade licenciadora”, explica, frisando que ao haver uma alteração de loteamento e de finalidade, a mesma terá de ser apreciada à Assembleia Municipal e “parece haver toda a importância que haja uma clarificação”.
Diogo Mateus acrescenta que já reuniu com os dirigentes da instituição bancária e com o interessado comprador, não tenho ficado devidamente esclarecido. “Isto não é património qualquer, é um património que o município ofereceu para uma finalidade específica”.
“Fiquei um bocadinho desagradado porque a Caixa não devia ter actuado desta forma sem articular com a Câmara”, frisa.
Recorde-se que a Adepombal – Adega Cooperativa de Pombal “abandonou” a sua actividade há cerca de uma dezena de anos, quando era dirigida por Rui Benzinho, apresentando uma situação difícil em termos económicos e financeiros, nunca se ter conseguido recuperado ou revitalizado.

Partilhar
Artigo anteriorESPAÇO À JUSTIÇA | COVID 19 – Efeitos no Arrendamento
Próximo artigoPedro Santos divulga memórias da freguesia de Louriçal
Ingressou no jornalismo, em 1989, como colaborador no extinto “Pombal Oeste” que foi pioneiro na modernização tecnológica. Em 1992 foi convidado a integrar a redacção de “O Correio de Pombal”, onde permaneceu até 2001, quando suspendeu a profissão para ser Director de Comunicação e Marketing de um grupo empresarial de dimensão ibérica. Em 2005 regressou ao jornalismo, onde continua, até aos dias de hoje, a aprender. Ao longo destes (largos) anos de actividade, atestados pelo Carteira Profissional obtida em 1996, passou por vários jornais, uns de âmbito regional e outros nacional, onde se inclui o “Jornal de Notícias” e “Público”. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal” onde se produz conteúdos das pessoas para as pessoas. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal”, quinzenário com o qual deixou de colaborar no final de Maio de 2020.