HIC ET NUNC | Voto útil

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Realizaram-se em Portugal, no passado dia 26 de setembro, as eleições para os órgãos autárquicos que constituem o poder político local e como tal os mais próximos da população. Mesmo considerando esta característica de proximidade, a abstenção atingiu os 46,35% estando Pombal acima da média nacional. No mesmo dia e naquela que é a primeira economia europeia, 60.4 milhões de eleitores alemães foram chamados às urnas para eleger os 736 membros do Bundestag (Parlamento Federal Alemão), cada um com direito a dois votos correspondentes a dois círculos eleitorais distintos. A abstenção neste ato eleitoral foi apenas de 23.4% sendo que 47.3% dos votos foi exercido por via postal. Dos 47 partidos que se apresentaram a votos, 7 conseguiram representação parlamentar tendo sido eleitos 2 Deputados Independentes. Para se constituir uma solução governativa foi necessário que os Sociais Democratas, partido mais votado por pequena margem em relação aos Democrata Cristãos (partido que esteve no poder 16 anos sob liderança de Angela Merkel), negociassem com as outras forças políticas um compromisso programático que inclui temas como o salário mínimo, os refugiados e as pensões. Ao contrário do que é habitual, em que essa coligação tem apenas dois partidos, foi necessário juntar Liberais e Verdes aos vencedores para se formar Governo. Estes três partidos “arquivaram” diferenças ideológicas gritantes para chegar a um compromisso que lhes permita governar e dar estabilidade política ao seu País. Por cá, no nosso cantinho à beira mar plantado, numa democracia que muitos consideram madura, os partidos do bloco central e o Presidente da República repetem com afinco a palavra estabilidade como forma de condicionar o voto do povo. Ora, o nosso voto deve ser baseado no conhecimento das propostas de cada partido e princípios programáticos, mas principalmente nos seus valores, não na simpatia dos seus líderes e muito menos na opinião que uma dezena de comentadores encartados tem sobre as capacidades dos mesmos. No caso específico do nosso Distrito de Leiria, interessa saber quem queremos eleger para nos representar. Podemos eleger mais um deputado do PS ou do PSD ou pelo contrário colocar na Casa da Democracia alguém que represente os nossos ideais, a nossa região e tente ajudar a resolver os nossos problemas. Leiam as entrevistas dos cabeças de lista, vejam o seu curriculum e as suas propostas, informem-se! Todo o voto é Útil! O que não é útil é a indiferença e a falta de conhecimento. Nas próximas Eleições Legislativas decide-se o futuro do nosso País, com consequências imediatas no nosso Concelho. O que queremos nós deixar aos nossos descendentes? Respeito pelas nossas tradições e pela nossa história? Respeito por todos os seres humanos independentemente do seu credo, origem ou convicções? Um país que valorize o sector primário e todas as profissões técnicas sem preconceitos? Uma sociedade que valoriza a experiência de vida e cuida dos seus idosos? Uma sociedade que encara a família tradicional como o seu alicerce fundamental? Uma economia em que a iniciativa privada não esteja asfixiada com impostos e tenha as condições necessárias para exercer a sua atividade? Um País em que o ensino privado não seja atacado apenas por dogma ideológico?
No dia 30 vote, por si, pelos seus, por Portugal. Vote na Direita Certa. Vote CDS-PP.

Telmo Lopes
Filiado do CDS-PP

*Artigo de opinião publicado na edição impressa de 20 de Janeiro