Grupo Protecção Sicó integra missão de espeleologia a Timor

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Espeleólogo de Pombal integra a equipa multidisciplinar portuguesa que se propõe a inventariar, mapear e estudar o património natural único das grutas timorenses

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O Grupo Protecção Sicó (GPS) vai participar numa expedição espeleológica a Timor-Leste, juntamente com outras três associações congéneres. A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Pombal que, na sua última reunião, deliberou comparticipar as despesas inerentes com o projecto.

Para além do GPS, a expedição “Timor Subterrâneo” conta com a participação do Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro (NEUA), do Centro de Estudos e Actividades Especiais da Liga para a Protecção da Natureza (CEAE-LPN), e do Centro de Investigação e Exploração Subterrânea (CIES). “Esta expedição, composta por uma equipa multidisciplinar, propõe-se a inventariar, mapear e estudar o património natural único das grutas timorenses”, refere o GPS, acrescentando que é, também, objectivo da iniciativa “divulgar e dar a conhecer a espeleologia em Timor-Leste”.

De acordo com a organização daquele projecto, a expedição tem início a 4 de Setembro e uma duração de 29 dias, sendo a equipa constituída por Manuel Freire, Pedro Pinto, Manuel Soares, Sérgio Medeiros, Sofia Ceboleira e André Reis.

A intenção passa por “inventariar e cadastrar as cavidades e nascentes cársicas de Timor-Leste”, com especial ênfase nos distritos de Baucau, Lautém e Viqueque. Assim como, efectuar levantamentos topográficos das cavidades visitadas, bem como desenvolver “acções de sensibilização junto das populações locais que salvaguardem a protecção e uso sustentado do património espeleológico”.

“Dado o enorme potencial e as inúmeras possibilidades de trabalhos espeleológicos a desenvolver em Timor-Leste, este projecto, que assenta numa clara partilha de informação e conhecimento nos mais diversos domínios da espeleologia, perspectiva que a curto prazo os grupos e associações dedicadas à espeleologia sejam uma realidade em Timor-Leste”, dizem os promotores, acrescentando que “desta forma assegura-se que Timor-Leste e os seus espeleólogos possam continuar a desenvolver trabalhos neste domínio contribuindo assim para um maior e melhor conhecimento do seu património natural, hídrico, civilizacional e cultural.” “Perspectiva-se ainda que outras áreas, científicas ou lúdicas, possam vir a beneficiar dos novos valores que este projecto vem acrescentar à actualidade timorense”, frisam.

Orlando Cardoso

Notícia publicada na Edição n.º87, de 04 de Agosto