Eleições e Campanhas

0
2376

Está nas ruas mais uma campanha eleitoral. Razão pela qual decidi abordar nesta crónica quinzenal, algumas sugestões de filmes que entram nos domínios da política, a maior parte deles com histórias inventadas e dominados pela sátira, mas que acabam por denunciar muitos dos chamados podres desta área.
Em 1992, o actor Tim Robbins realizava o seu primeiro filme (Bob Roberts – Candidato ao Poder), o qual acabaria também por protagonizar. Era uma espécie de falso documentário sobre a candidatura de um cantor popular ao senado americano. Uma sátira que denuncia os esquemas de financiamento e as manobras para se atingirem os objectivos. Em 1998, Warren Beatty também protagonizou e realizou uma comédia política. Só que aqui, retratou a história de um senador desiludido e com a reeleição em risco, que contrata um assassino profissional para o matar. A partir daí começa a dizer as verdades e pouco a pouco vai-se tornando o político mais popular do país. O problema é que não consegue contactar o assassino para cancelar o contrato.
Em 1972, Robert Redford protagonizou “O Candidato”. Aqui, era convidado a entrar na corrida ao senado numa luta praticamente impossível. Aceita, mas com a condição de poder dizer aquilo que pensa. A honestidade começa a ganhar votos e o que parecia improvável começa a tornar-se realidade. No fim, perante a inesperada vitória, Redford diz aquela que é uma das frases mais icônicas de Hollywood: “O que é que fazemos agora?”.
Outra comédia interessante é “Manobras na Casa Branca”, protagonizada por Dustin Hoffman e Robert de Niro. No enredo, e de forma a tentar desviar as atenções de um escândalo sexual do presidente americano, a cerca de duas semanas das eleições, um asessor contrata um produtor de cinema a fim de inventar uma guerra contra a Albânia. O papel do presidente na resolução do problema poderia voltar a aumentar a sua popularidade e garantir a reeleição.
Estes são apenas alguns filmes, todos americanos, que retratam campanhas políticas. Esperemos que aqui por Pombal não seja preciso criar falsos enredos…

Partilhar
Artigo anterior“A actual gestão está bastante aquém do que seria desejável”
Próximo artigoCâmara adjudica obras de 750 mil euros para a Loja do Cidadão
Biólogo Marinho de formação e pós graduado em Turismo de Natureza, nunca exerceu profissionalmente em qualquer uma das áreas. Há uns bons anos iniciou-se nas lides radiofónicas e esse bichinho ainda hoje perdura. O gosto que tinha pelo Cinema, desde tenra idade, foi apurado nos tempos universitários e, por estes tempos, não passa um dia sem ver, no mínimo, um filme. Não perguntem qual o seu preferido pois o gosto pode variar consoante a hora. Balança de signo, mas Leão de coração, gosta de viajar e ambiciona conhecer os quatro cantos do mundo. Mas quem não sonha com o mesmo?