Cercipom vai criar espaço para pessoas com incapacidades realizarem trabalho ocupacional

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A Cercipom vai criar um espaço para que pessoas com incapacidades possam estar ocupadas durante o dia, em ambiente acompanhado, de forma a ganharem “competências pessoais, sociais e laborais”.

O projecto irá funcionar no Centro de Formação Profissional da Cercipom, que está em fase de requalificação, na Zona Industrial da Formiga

“Será um espaço estruturado, monitorizado, onde uma equipa técnica fará o necessário acompanhamento de pessoas com deficiência ou doença mental”, disse à agência Lusa a directora-geral da instituição que apoia pessoas com deficiência ou incapacidade.
Segundo Preciosa Santos, o objectivo passa por “criar rotinas de ocupação produtiva e saudável, potenciando melhorias na saúde mental destas pessoas”.
“Para já, nesta primeira fase, que arranca em Janeiro, temos 10 destinatários. Será num espaço arrendado e a transferir futuramente para o Centro de Formação Profissional da Cercipom (Cooperativa de Ensino e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Pombal) que está em fase de requalificação, na Zona Industrial da Formiga”, adiantou a directora-geral.
Referindo que o projecto, financiado no âmbito do Prémio BPI “la Caixa” Capacitar com 29.890 euros, “é de um ano”, Preciosa Santos garantiu que o propósito é que tenha continuidade.
De acordo com aquela responsável, para o primeiro ano já há duas empresas para as quais os beneficiários vão desenvolver trabalho, a Maxiplás, do ramo automóvel, e a Confeitaria do Vale.
“Uma etapa do trabalho das empresas é feita nas nossas instalações”, explicou, destacando que se pretende “um trabalho visível, rentável”, com compensação monetária aos beneficiários, “de acordo com horários de trabalho articulados com as respectivas famílias, com as suas disponibilidades e com as suas capacidades”.
Preciosa Santos realçou que este projeto visa “dar resposta a um conjunto de pessoas que não conseguem integração no mercado de trabalho e que não se encontram enquadradas noutras respostas sociais”.
“No fundo, queremos diminuir o estigma associado à deficiência e doença mentais, promovendo o reconhecimento social das capacidades e competências destas pessoas”, declarou.
Por outro lado, “pretende-se que estas pessoas estejam activas durante o dia, criem rotinas, não estejam isoladas em casa e que não descompensem”, salientou a directora-geral.
“Queremos também que a saúde mental e a socialização estejam muito presentes”, concluiu.