2020 Annus horribilis

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Agora que estamos na recta final, creio que jamais olvidaremos este que foi mesmo um annus horribilis, uma expressão eternizada pela Rainha Isabel II e que assenta que nem uma luva à nossa realidade.
Começámos 2020 com a malograda notícia do falecimento do nosso amigo e colega Carlos Santos, um autarca com uma devoção enorme ao seu território que nos deixa um manto de saudade que não conseguimos nem podemos esquecer tal era o seu enorme exemplo de dedicação à causa pública.
Mais do que um amigo, perdemos um homem bom que tanta falta nos faz!
No dia em que partiu, afirmei que nãos nos esqueceríamos e a verdade é que estaremos sempre gratos por todos os sacrifícios que fez para servir da melhor forma a sua terra e as suas gentes. Não nos esquecemos e não te esqueceremos amigo Carlos!

Como se não bastasse a dor e sofrimento, este é o ano em que enfrentámos uma pandemia que condicionou o nosso modo de vida de forma profunda.
Estamos agora a sentir as profundas consequências económico-sociais de uma das maiores crises sanitárias das nossas vidas, que todos esperemos que possa ser rapidamente ultrapassada, uma vez que não podemos viver assim muito mais tempo.
Por isso, neste ano de 2020, a grande maioria dos projectos individuais e colectivos tiveram que ficar na gaveta e esperar por melhores dias.
No meio de todas estas contrariedades, esta é uma boa altura para darmos valor às coisas que são verdadeiramente importantes nas nossas vidas e que se prendem mais com o ser do que com o ter…

Em termos políticos, este também não foi um ano nada positivo, por todas as situações que tivemos oportunidade de assistir e que não contribuem para fortalecer a nossa imagem colectiva nem dignificar o papel dos nossos representantes.
A crescente instabilidade política que vivemos, corresponde a um período que nos encheu de vergonha, porque queremos ver Pombal ser notícia pelas melhores razões e pelas enormes realizações desta comunidade que deve ser promovida pela positiva!

2020 foi, assim, um ano para esquecer, ou melhor, para recordar, tirar as devidas ilações e sermos consequentes com as responsabilidades que devemos assumir na credibilização das nossas instituições democráticas e no empenho que temos que colocar na valorização da intervenção cívica e política, que deve ser promovida em espírito de harmonia, humildade, “terra a terra”, respeito pelo contraditório, colaboração e união, motivando e mobilizando a sociedade pombalense para uma nova era de crescimento e afirmação da nossa terra no panorama regional e nacional.
Faço votos que em 2021 possamos, juntos, trilhar esse caminho do crescimento colectivo e voltar a colocar Pombal como um concelho de referência no qual nos orgulhamos de viver e trabalhar!
Desejo a todos um Santo Natal e um ano novo pleno de realizações pessoais e colectivas!
Seguimos juntos!

Um forte abraço amigo,
Pedro Pimpão
pedropimpao@gmail.com

 

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Pedro Pimpão é natural de Pombal, tem 36 anos, é casado e tem dois filhos. É advogado de profissão e actualmente desempenha as funções de deputado à Assembleia da República, tendo sido eleito pelo círculo eleitoral de Leiria. É Presidente da Assembleia de Freguesia de Pombal, membro da Assembleia Municipal de Pombal e membro da Assembleia Intermunicipal da Região de Leiria. É licenciado em Direito pela Universidade Coimbra, contando com Pós-Graduações em Direito Administrativo, Gestão Autárquica, Direito dos Contratos Públicos e Direito Municipal Comparado Lusófono. É Mestrando em Ciência Política pelo ISCSP – Universidade de Lisboa.