Rodrigues Marques recandidata-se nos bombeiros para “matar” Acordo de Empresa

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Depois de ter afirmado, por diversas vezes, que não se recandidatava à presidência da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal, Manuel Rodrigues Marques acaba por encabeçar a lista, única, que será submetida à votação da assembleia geral convocada para amanhã, sexta-feira, à noite.

Num momento em que a instituição está confrontada com a demissão dos quatro elementos do quadro de comando e está em divergências com o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Rodrigues Marques assume que se recandidata para “matar” o Acordo de Empresa celebrado há quatro anos com aquela estrutura sindical.

“A Associação e o seu Corpo de Bombeiros tem que encontrar a paz que lhe roubaram” pelo que “entendi que devia submeter-me ao veredicto eleitoral e tomar como minha a guerra de ‘matar’ o acordo, apesar de reconhecer que as leis do Estado sindical que temos os protege”, afirmou em declarações ao nosso jornal.

Rodrigues Marques entende que não é, neste momento, “a pessoa mais indicada para liderar a Associação, depois da destabilização que o sindicato provocou e que nos obrigou a extremar posições”. Na sua opinião, Fernando Curto e Sérgio Carvalho, líderes nacionais das estruturas representativas dos bombeiros profissionais, “fizeram uma arruada com muitas mentiras e ameaças que afastaram alguns daqueles que estavam disponíveis para colaborar e que tiveram medo”.

“Inquinaram o nosso Corpo de Bombeiros, aqui e em todas as Associações que têm o Acordo Empresa assinado”, afirma, adiantando que “podemos perder umas batalhas, mas estou certo que vamos GANHAR a guerra e devolver a paz social” à Instituição, realça, frisando que “ao permitirmos a entrada do sindicato na nossa casa acabou a paz.”

Para além de Rodrigues Marques a lista proposta integra, para a direcção, os nomes de Diogo Mateus (vice-presidente), Artur Jesus Freire (1º secretário), João Antunes Santos (2º secretário), Manuel Santos Monteiro (tesoureiro), Carlos Ferreira e José Silveirinha (vogais).

Curiosamente um elenco directivo com menos dois vogais do que o previsto pelos Estatutos da Associação Humanitária.

Por seu turno, José Manuel Carrilho e Manuel Duarte Domingues deverão manter-se nas presidências da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, respectivamente.

ORLANDO CARDOSO