Industrial admite deslocalizar empresa por falta de condições

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BioOeste

O sócio-gerente da BioOeste – Valorização de Óleos Vegetais Usados, Lda., uma das primeiras empresas que se instalou no parque empresarial da Guia, na região Oeste do concelho de Pombal, admite uma possível deslocalização para o concelho da Figueira da Foz. Paulo José Gaspar diz que não sente o apoio da Câmara Municipal de Pombal.
A revelação foi feita no âmbito de uma visita do candidato socialista à autarquia, Jorge Claro, realizada a 26 de Setembro. Na ocasião, o empresário lamentou a falta de acompanhamento do executivo municipal, tendo em conta a evolução da empresa e o investimento realizado, de quase três milhões de euros, financiado pelo Centro 2020. Um dos maiores investimentos apoiados por fundos comunitários e que permite à BioOeste dispor da mais avançada tecnologia para o sector, prevendo duplicar os actuais 15 postos de trabalho.
Segundo Paulo José Gaspar, a falta de condições no parque industrial da Guia, está a causar transtornos ao crescimento da unidade industrial, designadamente a ausência de espaço para se ampliar, a não existência de fibra óptica e outros factores como os relacionados com o tratamento de águas residuais industriais.
O empresário, que espera atingir em 2018 um volume de negócios na ordem dos 20 milhões de euros, aproveitou a ocasião para dizer que, em dez anos de existência da BioOeste, “nunca a Câmara Municipal nos veio perguntar como estamos e do que precisamos”, lamentando que recebeu uma comunicação do município “só depois de ter sido publicada uma notícia num jornal local” dando conta que a BioOeste foi a empresa do concelho que obteve mais pontuação para o cálculo de financiamento comunitário.
O industrial critica ainda a actuação de “alguns técnicos da Câmara que se acham donos da razão”.
Paulo José Gaspar realça o facto de a empresa contribuir para a fixação de população no território, dando emprego a 15 pessoas, entre qualificados e indiferenciados, prevendo duplicar os postos de trabalho.
A empresa procura promover o trabalho jovem e recrutar os seus colaboradores na própria região, garantindo, por outro lado, o pagamento de ordenados acima da média. “O salário médio bruto na empresa deve rondar os 1.400 euros”, disse, frisando que a empresa valoriza e incentiva os trabalhadores que apostam na sua qualificação profissional e académica.
[Notícia publicada na edição de 05 de Outubro]

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Ingressou no jornalismo, em 1989, como colaborador no extinto “Pombal Oeste” que foi pioneiro na modernização tecnológica. Em 1992 foi convidado a integrar a redacção de “O Correio de Pombal”, onde permaneceu até 2001, quando suspendeu a profissão para ser Director de Comunicação e Marketing de um grupo empresarial de dimensão ibérica. Em 2005 regressou ao jornalismo, onde continua, até aos dias de hoje, a aprender. Ao longo destes (largos) anos de actividade, atestados pelo Carteira Profissional obtida em 1996, passou por vários jornais, uns de âmbito regional e outros nacional, onde se inclui o “Jornal de Notícias” e “Público”. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal” onde se produz conteúdos das pessoas para as pessoas. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal”, quinzenário com o qual deixou de colaborar no final de Maio de 2020.