Creche vem apoiar famílias e empresas

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Equipamento é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere e tem capacidade para acolher 51 crianças. Intervenção custou cerca de meio milhão de euros e foi financiada pelo PARES.

Três anos depois da colocação da primeira pedra, foram inauguradas as obras de remodelação e ampliação da Creche de Santa Cecília, numa cerimónia que teve lugar na sexta-feira, dia 08, e que contou com a presença do secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Agostinho Branquinho. A infra-estrutura, que se encontrava em avançado estado de degradação, é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere (SCMA) e foi recuperada no âmbito de uma candidatura ao Programa de Alargamento de Rede de Equipamentos Sociais (PARES). Um investimento global que rondou os 530 mil euros, dos quais cerca de 116 mil foram co-financiados pelo município.

Graças a esta intervenção, a creche tem agora capacidade para acolher 51 crianças, número este que, para já, se encontra longe de estar preenchido, uma vez que o espaço tem actualmente 34 crianças inscritas, adiantou a provedora da SCMA. Adelaide Santos destacou as “boas e novas instalações”, sublinhando o facto de a creche se reger “pelo manual da qualidade emanado da Segurança Social”.
Concluída esta missão, a provedora não esquece, no entanto, os dois desafios que a Misericórdia de Alvaiázere tem agora pela frente: a abertura da Unidade de Cuidados Continuados e o compromisso permanente de melhorar a qualidade e alargar a prestação de serviços à terceira idade. Desígnios que assumem importância acrescida num concelho onde o índice de envelhecimento é de 304%, revelou Adelaide Santos.
As mais-valias do equipamento foram também enaltecidas pelo presidente da Câmara Municipal. Paulo Tito Morgado destacou o apoio que a creche virá dar às famílias e ao tecido empresarial, afirmando que “só com esta valência é possível às famílias estarem empregadas”. O autarca social-democrata recordou, ainda, o historial do projecto, evidenciando os esforços conjuntos das entidades envolvidas para que o mesmo se concretizasse. “Fizemo-lo encontrando plataformas de entendimento”, afirmou.
Seguindo a linha das intervenções anteriores, o secretário de Estado fez referência à taxa de natalidade do país – uma das piores da União Europeia – e à necessidade de dotar o
território daquele tipo de equipamentos. “Temos aqui criadas as condições para Alvaiázere dar um importante contributo neste sentido”, apontou o governante, que considera que a baixa taxa de natalidade, a par com o desemprego, “é um dos problemas mais graves do país”.

Agostinho Branquinho elogiou também a parceria entre instituições, defendendo que o sucesso dos projectos passa por esse tipo de estratégia. “Uma parte dos problemas que nós vivemos tem a ver com um certo esbanjamento dos dinheiros, sem termos em conta o território como um todo”, advertiu.