Alunos do secundário destacam participação no Parlamento dos Jovens

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Para além de serem alunos da Escola Secundária de Pombal, Ana Carolina Querido, Alexandre Rodrigues e João Francisco Barros, têm em comum o facto de terem representado a escola e, o distrito de Leiria, na sessão nacional do programa Parlamento dos Jovens, realizada no final do passado mês de Maio.

Parlamento Jovens
Alexandre Rodrigues, Ana Carolina e João Francisco

Um programa promovido pela Assembleia da República e que na opinião daqueles alunos se traduz numa “experiência única”. E, pelo facto de se terem apercebido como significa o mandato parlamentar, como argumentar e defender as ideias e, acima de tudo, a importância de ouvir o outro e respeitar todas as opiniões, já lhes abriu o “bichinho” para a actividade política.

Apesar de já ter participado por três vezes, Alexandre Rodrigues só agora chegou à fase nacional como deputado. Já Ana Carolina somou à experiência vivida no ano passado como membro da mesa na fase distrital, o facto de agora ter sido porta-voz do círculo eleitoral de Leiria na sessão nacional. Por sua vez, João Barros foi o jornalista de serviço naquele plenário que pretendeu debater as assimetrias entre o Litoral e o Interior.

Alexandre veio da Assembleia da República com mais vontade para ter uma participação política, realçando que “a política vale a pena”, até porque “dizer-se que não se percebe de política não resolve nada”.

Os três alunos do ensino secundário destacam a importância da existência de programas semelhantes aos do Parlamento dos Jovens para captar o interesse dos jovens para uma maior participação activa e política. Uma vez que, como dizem, aos 18 anos já podem votar e eleger quem nos irá governar. “A maioria dos jovens não está preparada para exercer o seu primeiro voto”, alerta Alexandre Rodrigues.

Ana Carolina até vai mais longe e sugere a criação de uma disciplina que vise esclarecer e informar os jovens para os assuntos políticos. “Quando mais cedo melhor”, frisa. Mais, João Barros reforça com a ideia de aquela “formação” continuar ao nível do Ensino Superior. Aqueles estudantes pretendem, essencialmente, desmistificar o “papão” que é a “política”. “Só o próprio nome de política afasta qualquer pessoa”, diz João Barros.

Quanto ao Parlamento dos Jovens, Ana, Alexandre e João são unânimes em reconhecer que “dá muito trabalho” ao longo do ano lectivo, mas garantem que “vale a pena”. Não só por terem a oportunidade de estar próximos do centro do poder e dos deputados da Nação, mas também por poderem debater e defender as suas ideias com os restantes deputados, representativos das escolas de todo o país. “Foi muito enriquecedor lutar pelas nossas ideias”, refere Alexandre Rodrigues, realçando também “as amizades que se criaram”.

Os três jovens não escondem a sua satisfação por terem participado no Parlamento dos Jovens, sob a “orientação” da professora de Filosofia, Lurdes Abadesso, e aconselham aos restantes alunos que o façam também. “Foi uma boa experiência, podem descobrir o gosto e aptidão pela política e, não se esqueçam que não serão jovens toda a vida”, é a mensagem que deixam.

Orlando Cardoso (texto e foto)

Notícia publicada na Edição nº83, de 09 de Junho